Shockwave na Medicina Veterinária


Propriedades físicas das ondas de choque focais:

As ondas de choque são impulsos de pressão mecânica de curta duração (5-10 microsegundos), com um tempo de instalação de 10 nanosegundos e com uma energia compreendida entre 0,07 e 1,2 mJ/mm2. Existem três tipos diferentes de geradores: eletrohidraúlicos, eletromagnéticos e piezoelétricos.

Nossa equipe trabalha com as tecnologias pneumática, piezoelétrica e eletro-hidráulica, tanto focal quando radial.

Um gel comum de ultrassonografia é utilizado como meio de contato entre o cilindro e a pele, para minimizar a perda de energia por reflexão. Para obter a fragmentação de corpos sólidos, o ponto focal deve coincidir exatamente com o ponto de lesão, daí a necessidade de um exame de imagem para a exata localização. Devemos lembrar que a liberação de energia é máxima na área focal mas atua também nos tecidos adjacentes.

Tratamento de ligamento ímpar.


Efeitos biológicos das ondas de choque:

A pressão positiva da onda de choque e o curto tempo de instalação, são os responsáveis pelo efeito direto deste tratamento. A onda de tensão, correspondente à fase de pressão negativa, é responsável pelos efeitos indiretos, através de um efeito de cavitação (formação de cavidades ocas nos líquidos). O efeito direto é uma consequência da conversão da onda de choque em energia cinética. Os tecidos contraem-se e expandem-se com a mesma frequência que as ondas. Que são transmitidas aos tecidos biológicos e resultam num movimento oscilatório de suas moléculas.

A interface entre dois materiais com diferente impedância acústica influencia a onda de choque que sofre fenômenos de reflexão e refração. Quando as ondas de choque encontram um obstáculo difícil de atravessar (como uma calcificação), grande parte da energia é libertada nesse local. A transição rápida de pressões causa grande “stress” a nível das interfaces, o que pode causar micro-lesões nas diferentes estruturas (este efeito é dependente da sua plasticidade). Durante a fase de tensão ocorre uma diminuição da pressão local, o que leva à cavitação. As cavidades formadas são microscópicas e desaparecem durante a fase de compressão, concentrando na zona grande quantidade de energia.

A interação das ondas de choque com as calcificações resulta na produção de pequenas fissuras, cuja desintegração é depois causada pela enorme violência da explosão das bolhas de cavitação que, entretanto, se formaram nas referidas fissuras. Estudos dizem que o aumento de pressão e o fenômeno de cavitação dentro dos depósitos cálcicos que produz a sua desintegração, sendo o volume de material desintegrado diretamente proporcional à energia total liberada na região (representada pelo número de impulsos multiplicado pela energia de cada impulso).

As ondas de choque estimulam e/ou reativam o processo de cicatrização, levando à liberação local de fatores de crescimento relacionados com a angiogênese e estimulam desse modo a neovascularização, com proliferação celular e regeneração tecidual.

O mecanismo exato que leva à analgesia pode estar relacionado com a despolarização das fibras nervosas de maior diâmetro, favorecendo o bloqueio dos impulsos nociceptivos a nível medular. Os estímulos intensos poderão iniciar um controle descendente inibitório da transmissão da dor através das raízes dorsais. Estes estímulos poderão também, segundo alguns autores, provocar a destruição dos receptores da dor impedindo a transmissão da mensagem nociceptiva.

Ondas de choque para acelerar a calcificação de fratura distal de fêmur em uma gata


Efeitos Secundários:

Os efeitos secundários observados incluem edema, hiperemia, petéquias, hematoma, lesões cutâneas (especialmente em pacientes submetidos a corticoterapia) e aumento da dor. Estes efeitos, em regra, agravam-se ao longo dos primeiros três dias e desaparecem progressivamente em cerca de uma semana. Devem ter desaparecido completamente antes de se iniciar o tratamento seguinte. É importante lembrar que esses efeitos secundários não são comumente observados.


Principais indicações nos equinos:

Tratamento de lesão ligamentar.

Desmites e tendinites crônicas (incluindo lesões com calcificações)
Bursites crônicas
Sesamoidites
Fraturas crônicas
Fratura do processo palmar da terceira falange
Irregularidades ósseas
Feridas com dificuldade de cicatrização ou que necessitem de uma rápida cicatrização
Miosite crônica
Fibrose muscular
Mialgia lombar
Kissing spine
Doença do navicular
Lesões no menisco
Artroses

* Lembrando que a associação do tratamento por ondas de choque com PRP ou com Células Tronco é excelente e muito utilizada.

Tratamento de lesão muscular crônica


Principais indicações em cães e gatos:

Tratamento para artrose e tendinite em carpo

Fraturas crônicas
Dores articulares
Displasia coxo-femoral
Displasia de cotovelo
Osteocondrose do ombro
Osteoartrose de quadril, joelho, cotovelo, tarso e carpo
Osteoartrose senil
Aumento de volume articular
Dores em tendões
Tenossinovite do biciptal
Lesões tendíneas e ligamentares
Complicações de fraturas
Estimular revascularização
Promover migração de células tronco na lesão
Diminuir reação inflamatória
Estimular regeneração tecidual
Profilático em fraturas complexas
Calcificação de tendões
Dores lombares
Espondilose
Não-união óssea, união retardada
Tratamento de lacerações cutâneas
Úlceras de decúbito

Gostou?
Se foi útil pra você, lembra de compartilhar…

Para agendar uma avaliação, só clicar no link abaixo: